Em uma reviravolta para as aspirações do Cruzeiro no cenário nacional, o empate por 1 a 1 contra o Ceará selou o destino da equipe no Campeonato Brasileiro de 2025, eliminando qualquer possibilidade matemática de levantar o troféu. Acontecimentos na 36ª rodada desdobraram-se em um claro indicativo de que os olhares agora devem se voltar com total dedicação para a Copa do Brasil, onde uma oportunidade de título ainda aguarda.
A partida, longe de ser um espetáculo, destacou a importância de Romero, Arroyo e Kaio Jorge no esquema tático do Cruzeiro, a despeito dos desafios enfrentados. Walace, que assumiu a posição de Lucas Romero, mostrou competência na marcação, embora com um estilo distinto que sugere um retorno ao banco com a volta do titular.
A ausência de Kaio Jorge, poupado devido a um desgaste muscular, abriu espaço para Gabriel Barbosa no ataque. Contudo, a performance de Barbosa não atendeu às expectativas, evidenciando a lacuna deixada por Jorge. A saída precoce de Arroyo, preocupação para as próximas partidas, por pouco não comprometeu ainda mais o desempenho do time. A pronta substituição de Arroyo, devido a um desconforto muscular, foi uma medida preventiva de Leonardo Jardim, que minimizou preocupações sobre a condição do jogador.
O Cruzeiro exibiu uma dinâmica de jogo marcada por menor criatividade e lentidão nos contra-ataques, mantendo, contudo, o controle da partida. Um gol sofrido em um rápido contra-ataque do Ceará destacou falhas na retenção de bola e na interrupção da jogada, em um momento crítico do jogo.
Kaiki emergiu como a figura redentora da noite, garantindo um empate que posiciona o Cruzeiro firmemente em terceiro lugar na tabela. O passe decisivo de Sinisterra para Kaiki, culminando em um gol fortuito, ilustra a luta constante do time contra equipes situadas fora do G-7, um padrão que marcou a temporada.
Uma retrospectiva revela que as dificuldades do Cruzeiro no Brasileirão estiveram frequentemente ligadas a partidas contra equipes fora da elite, com derrotas e empates acumulados contra adversários considerados menos desafiadores. Isso ressalta uma área de atenção para a temporada de 2026, enquanto o foco imediato permanece na Copa do Brasil.
Com a semifinal da Copa do Brasil no horizonte, contra o Corinthians, o técnico Leonardo Jardim já sinaliza estratégias de preservação de jogadores chave, visando a minimização de desfalques para os confrontos decisivos. A partida contra o Santos surge como um teste estratégico antes dos embates críticos de dezembro, sublinhando a importância de uma equipe completa e afinada para aspirações de conquista.